Um professor de matemática do município de Candiba, a
826 km de Salvador, matou a tiros o pai de uma de suas alunas, de
apenas 16 anos. Segundo informações da Polícia Civil, Edmar Gonçalves da
Silva, 58 anos, atirou contra o comerciante Adevaldo Pereira da Silva,
depois da vítima ter descoberto o relacionamento que o professor manteve
com sua filha.
"Há
uns dois anos, quando a adolescente tinha entre 13 e 14 anos, Edmar era
professor da jovem e namorava com ela, mas o relacionamento já havia
acabado", afirmou o delegado Arilano Botelho, delegado titular da
delegacia de Candiba e responsável pelas investigações.
Ainda de
acordo com o delegado, há algum tempo, o professor voltou a ligar para a
adolescente, que hoje mora em Montes Claros, e começou a ameaçá-la.
"Ele dizia para a jovem que se ela não reatasse o relacionamento, ele
divulgaria fotos comprometedoras dela", explicou Botelho.
O
professor Edmar foi a Montes Claros e a adolescente ligou para a
polícia. Ele foi encaminhado para a delegacia e seu computador e outros
objetos pessoais foram apreendidos para investigações. "Ainda não
sabemos ao certo o que ele fez em Montes Claros, porque ele se recusou a
dizer alguma coisa em seu depoimento, mas já mantivemos contato com a
polícia de lá", disse o delegado.
Na última terça-feira (26), o
comerciante e pai da adolescente, Adevaldo, recebeu um telefonema e logo
em seguida saiu de casa carregando uma barra de ferro, para a casa do
professor. Em frente à casa de Edmar, a vítima conseguiu agredir o
professor, que sacou uma arma e atirou duas vezes contra o comerciante.
Edvaldo
morreu na hora. Quando os policiais chegaram ao local, o professor
Edmar tentou fugir, mas acabou sendo preso. Preso em flagrante, ele foi
autuado por homicídio qualificado, porte ilegal de arma, receptação, já
que a arma era roubada, e resistência a prisão.
"As investigações
apontaram que ele premeditou o assassinato porque ele admitiu que
andava armado há algum tempo e provavelmente foi ele quem fez a ligação
para a vítima", afirmou o delegado. O inquérito será finalizado em dez
dias e encaminhado para o Ministério Público.
Fonte: Correio24horas
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