A Prefeitura de Camaçari, cidade na região metropolitana de Salvador,
afirma nesta terça-feira (14) que vai abrir sindicância para investigar a
causa da intoxicação que acometeu 95 alunos
da Escola Municipal Cleuza Maria de Carvalho após realização de
dedetização. As crianças que estudam no local precisaram de atendimento
médico depois de sentir coceira pelo corpo, irritação nos olhos e
manchas na pele.
"Eu cheguei na escola no primeiro horário e já fui me queixando ao
professor que estava com meu olho ardendo. Todo mundo foi pra direção
dizendo que o olho estava ardendo, estava se coçando. E eles não
avisaram nada para a gente que ia dedetizar. Liberou para ir pra casa.
Aí passou. Quando foi hoje de novo começou tudo", relatou uma aluna da
escola que apresentou os primeiros sintomas na segunda-feira (13). De
acordo com informações da prefeitura do município, a escola passou por
dedetização no sábado (11).
Durante a tarde desta terça, a escola foi lavada. As aulas foram
suspensas e serão retomadas na quinta-feira (16). Após atendimento, 35
crianças ficaram em observação nas unidades de saúde, mas foram
liberadas no fim da tarde.
O órgão gestor informou que o produto utilizado na dedetização é a
alfacipermetrina 200 SC, destinado ao combate do barbeiro e do aedes
aegypti, insetos causadores da doença de Chagas e da dengue,
respectivamente. Uma amostra do produto foi enviada para análise em
laboratório. "É um inseticida e acaba, por tabela, tendo eficácia no
combate a outros mosquitos. Na escola ao lado também foi aplicado o
mesmo inseticida e não teve nenhuma reclamação quanto a intoxicações",
disse Celso Amorim, diretor do Departamento de Vigilância à Saúde de
Camaçari.
A prefeitura de Camaçari informa ainda que desde janeiro deste ano
foram realizadas dedetizações em 11 escolas, além de unidades de saúde,
abrigos de idosos e em CRAS (Centro de Referência e Assistência Social) e
não houve registro de nenhum problema. |