CAPIM GROSSO: Nas primeiras horas da manhã os caminhoneiros fecharam a BR 407, que liga Capim Grosso a Juazeiro, na altura do Km 1. Os que aderiram à manifestação posicionaram os veículos estrategicamente além de fazer uma barricada com pneus e incendiá-los. O calor e a fumaça eram intensos.
Os manifestantes autorizavam apenas a passagem de veículos de pequeno porte, com prioridade para aqueles voltados aos serviços de urgência e emergência, como ambulâncias, por exemplo. Apenas um dos sentidos era liberado por cada vez, havendo um revezamento a cada 30 minutos, ou seja, fechava-se um sentido e abria o outro.
A Polícia Rodoviária Federal apenas acompanhava a manifestação e segundo fomos informados pelos prepostos a situação estava sendo avaliada em um gabinete de crise especialmente criado para a ocasião. A PRF informou que já havia sido feita a solicitação de reforços e não descartou a possibilidade de uma desobstrução por meio do emprego da força, caso fosse essa uma determinação da justiça federal.
Outro ponto esclarecido pelos prepostos da PRF é que não houve nenhuma negociação ou qualquer tipo de acordo entre as autoridades policiais presentes e os manifestantes. O inspetor Guanais, da Polícia Rodoviária Federal, informou a nossa equipe que eles (os manifestantes) se apresentaram espontaneamente após a chegada da PRF e informaram como seria o protesto, inclusive garantindo o encerramento do mesmo e a desobstrução da rodovia impreterivelmente as 17h00min (5 horas da tarde).
BRASIL: Este protesto de caminhoneiros bloqueia nesta segunda-feira (9) trechos de várias estradas do país, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os atos acontecem em BA, ES, GO, MG, PR, RJ, RN, RS, SC, SP e TO.
O grupo que participa do movimento foi convocado pelo Comando Nacional do Transporte. Os manifestantes são autônomos e se declaram independentes de sindicatos. Eles são contra o governo Dilma Rousseff, pedem o aumento do valor do frete, reclamam da alta de impostos e da elevação nos preços de combustíveis, entre várias outras questões.
O movimento não tem adesão total dos caminhoneiros. A Confederação Nacional dos Transportes Autônomos afirmou, em nota, que não concorda com a mobilização já que a pauta não tem relação com os problemas específicos da categoria. A União Nacional dos Caminhoneiros também informou que discorda dos bloqueios.
Em entrevista coletiva na manhã desta segunda, o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou que o movimento tem o objetivo de desgastar o governo politicamente.
Da redação, Milton Caetano Santos./Grupo Jorge Quixabeira ./Com informações do G1. |